Where does the love go?
Manter um relacionamento é difícil, e estará mentindo quem dizer que não. Você precisa aprender a dividir tudo com alguém que não compreende metade das suas atitudes porque não é você mesmo, e é assim inversamente também. Por que ele sempre precisa fazer essa careta quando não gosta de alguma coisa?
É difícil dividir sua vida com alguém que, apesar de te amar, não é você. Dividir as mesmas experiências com alguém que há alguns meses atrás era um completo desconhecido e você vivia sua vidinha sem nem pensar em se relacionar. E agora? Agora você se descabela quando ele não liga e briga porque ele não abriu a porta do carro para você entrar. Agora me diz, quem abria a porta para você entrar antes desse relacionamento começar?
Quando iniciamos um relacionamento, nossas prioridades mudam, e queremos muito mais do que tivemos quando a solteirisse era nossa melhor amiga. Mas é claro, você me diz, afinal um relacionamento é pra te adicionar coisas, certo? Errado.
Um relacionamento só existe quando você adiciona coisas nele. Quando seu parceiro adiciona alguma coisa nele. O que aprendemos é a adicionar, não a alguém nos acrescentar algo. Não devemos esperar que o homem perfeito apareça e te acrescente alguma coisa. Você acrescenta a ele, e você aprende a dar (sem piadinhas). A equação dos relacionamentos é justamente aprender a dar para receber. Você dedica a uma pessoa algumas de suas qualidades, dá a ela o prazer de receber, e recebe o prazer de aprender a dar. Porque no final, ela não vai receber nada seu, e sim apenas dela mesma, que também está tentando dar alguma coisa ao relacionamento (e não a você, veja bem).
E no final, ninguém recebeu nada de ninguém, apenas de si mesmo. E aquela história de que as pessoas completam-se apenas por elas mesmas está corretíssima. Mas sem alguém do seu lado, você nunca vai aprender a arte de doar-se, e então, nunca vai receber, mesmo que seja de si mesma. Esse parece ser o primeiro passo, aprender a dar para receber de si mesma. Depois de passar essa fase, talvez você acabe por começar a ouvir o outro e talvez receber alguma coisa de alguém além de você mesmo. Mas o que predomina, sempre, é o que você vê dos outros e da vida, capta para si mesma, aprendendo sozinha a tornar-se aquilo que gostaria que fosse. Ou não.
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