
Eu queria teu abraço, eu queria teu colo. Eu queria tua risada com teus olhos pequeninos na minha frente agora. Eu te queria. Aliás, tempo verbal incorreto. Eu te quero. Eu repito: eu sempre te quis pra mim.
Sabe o que não cabe mais em mim? Essa paixão que guardo, num canto qualquer do que restou do meu coração. Como sei? Eu só sei.
Eu só sei que não pergunto dos teus casos, como também não te conto há tempo dos meus. Não te pergunto por medo das respostas e não te conto por medo das perguntas. Mesmo sabendo que você nunca foi meu, tenho medo de te perder. Tenho da gente se perder, cada um pra um lado. Porque eu não me importaria de me perder se fosse pra te encontar, ou de me perder com você, pra encontrar o nós que um dia fomos, no passado. Mas há alguém tirando o melhor de mim e não é você.
Não é em teu ombro que adormeço, não é em teu abraço que me aqueço, não é em ti que me escondo quando está muito escuro, e eu tenho medo. Não é teu perfume que cheiro, nem teu nome que acordada eu chamo. Mas em sonhos, é você que eu beijo, é você que eu amo.
Quero prolongar a vogal da nossa história, quero ampliar nossas tardes de café, quero segurar tua mão, prender tua respiração, pegar teu coração pra mim. Embora eu saiba que em você eu tenho quase tudo, é esse quase que me mata, porque quase tudo que tenho também é seu. Quase.
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